A extensão é o processo educativo, cultural e cientifico que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre a Universidade e a sociedade (Fórum Nacional de Pró-Reitores de Extensão).
Política das Atividades de Extensão
A fim de se otimizar os serviços relativos às Atividades de Extensão da UNEC, explicitando as responsabilidades de cada setor direta ou indiretamente envolvido, descreve-se a seguir toda a tramitação do processo, destacando-se as épocas de cumprimento das tarefas e os formulários e/ou anexos a serem utilizados:
Objetivos da extensão universitária
- Articular o ensino e a pesquisa com as demandas da sociedade, buscando o comprometimento da comunidade universitária com interesses e necessidades da sociedade organizada, em todos os níveis (sindicatos, órgãos, públicos, empresas, categorias profissionais, organizações populares e outros organismos).
- Estabelecer mecanismos de integração entre o saber acadêmico e o saber popular, visando uma produção de conhecimento resultante do confronto com a realidade, com permanente integração entre teoria e prática.
- Democratizar o conhecimento acadêmico e a participação efetiva da sociedade na vida da Universidade.
- Incentivar a prática acadêmica que contribua para o desenvolvimento da consciência social e política, formando profissionais-cidadãos.
- Participar criticamente das propostas que visem o desenvolvimento regional, econômico, social e cultural.
- Contribuir para reformulações nas concepções e práticas curriculares.
- Favorecer a reformulação do conceito de “sala de aula”, que deixa de ser o lugar privilegiado para ato de aprender, adquirindo uma estrutura ágil e dinâmica, caracterizada pela interação recíproca de professores, alunos e sociedade, ocorrendo em qualquer espaço e momento, dentro e fora dos muros da Universidade.
Diretrizes para a política de extensão universitária
- A Política de Extensão de cada universidade, no âmbito interno, deve propiciar a participação da comunidade universitária, privilegiando ações integradas com as administrações públicas (em suas várias instâncias) e com as entidades da sociedade civil.
- Os programas institucionais devem ser submetidos à aprovação dos órgãos de deliberação acadêmica de cada IES.
- Os programas institucionais devem ser submetidos à avaliação sistemática compatibilizada com o Programa de Avaliação Institucional da Universidade, incluída a participação de setores da comunidade externa envolvidos no processo.
- Os programas devem ser constituídos de uma proposta institucional globalizante em que se destaque uma contribuição efetiva da Universidade ao Estado, aos movimentos sociais e a outros organismos da sociedade civil.
- O Programa de Fomento à Extensão Universitária comporta, a partir de 1995, duas Linhas de Ação:
Linha I: “Articulação da Universidade com a sociedade”, financiadas com recursos oriundos da SESu/MEC, que abrangerá:
- Incentivo a processos continuados de capacitação e treinamento a grupos populacionais, principalmente no interior dos Estados e periferias urbanas, nas áreas de educação, saúde, produção e qualidade de vida;
- Assessoramento técnico-administrativo às administrações públicas e à mobilização e organização dos movimentos sociais;
- Desenvolvimento de processo alternativo para os estágios e práticas curriculares;
- Ações de cultura e manifestações artísticas que procurem resgatar e consolidar as raízes culturais de formação brasileira;
- Ações articuladas com a pesquisa e com o processo formativo e que tenham como finalidade a resposta à demanda social;
- Ações de integração da Universidade com a educação infantil.
- Linha II: Integração da Universidade com o ensino fundamental ( crianças de 1ª 8ª série, jovens e adultos, incluindo a educação indígena), e educação especial, financiada com recursos oriundos do FNDE/SESu, em consonância com as Políticas Nacionais para Educação Básica e com as estratégias abaixo:
- Esses programas deverão ser encaminhados com a manifestação favorável da Secretaria de Educação, do Estado e dos municípios envolvidos. Preferencialmente, as universidades localizadas no mesmo Estado devem apresentar programas integrados delimitando as áreas de atuação;
- Desenvolvimento de programas sistemáticos e continuados de capacitação de recursos humanos, formulados a partir das necessidades apontadas pelos Sistemas de Ensino;
- Desenvolvimento, em articulação com os Sistemas de Ensino, de estudos, pesquisa, planos e inovações pedagógicas que objetivem a aplicação simultânea dos seus resultados no processo ensino-aprendizagem (através do planejamento, programas de treinamento, aplicação de metodologias e práticas pedagógicas inovadoras) para a superação do fracasso escolar (evasão, repetência e falta de domínio dos conteúdos mínimos), especialmente nas primeiras séries;
- Cooperação técnica aos Sistemas de Ensino na elaboração e produção de material didático visando o atendimento das necessidades apontadas (livros didáticos, materiais de ensino e outros recursos pedagógicos para uso dos estudantes e dos professores);
- Cooperação técnica aos Sistemas de Ensino no desenvolvimento e implantação de currículos, metodologias, além de práticas pedagógicas destinadas a aprimorar o processo ensino-aprendizagem.
O desenvolvimento da ação extensionista
- A extensão universitária deve ser desenvolvida sob a forma de Programas.
- Os programas devem contemplar formas e mecanismos de articulação com o ensino e a pesquisa.
- Os programas de extensão devem ser desenvolvidos a partir de órgãos acadêmicos das IES, através de ações sistematizadas, voltadas para as questões relevantes da sociedade.
- Os programas devem ser entendidos como um conjunto de projetos e atividades de caráter orgânico-institucional com clareza de diretrizes e voltados a um objetivo comum.
- Os projetos devem ser entendidos como um conjunto de ações continuadas de caráter educativo, cultural, científico e tecnológico.
- As atividades devem ser entendidas como iniciativas de caráter educativo, cultural, científico ou tecnológico, a exemplo de: cursos, fóruns congressos, seminários, prestação de serviços e outros, desde que articuladas a programas institucionais.
Bibliografia:
NOGUEIRA, Maria das Dores Pimentel. Políticas de Extensão Universitária Brasileira. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005;
FÓRUM DE PRÓ-REITORES DE EXTENSÃO DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS. Sistemas de Dados e Informações: Base operacional de acordo com o Plano Nacional de Extensão. Rio de Janeiro: NAPE, UERJ, 2001.